The Smiths foi uma banda britânica de rock, fundada em Manchester em 1982. Tendo como principal característica a parceria nas composições de Morrissey (vocal) e Johnny Marr (guitarras), a banda também incluía Andy Rourke no baixo e Mike Joyce como baterista. Os críticos consideram a banda como sendo a mais importante banda de rock alternativo a surgir nos anos 80.
A banda foi formada no início de 1982 por Steven Patrick Morrissey, um escritor que era grande fã de New York Dolls e que foi vocalista por um curto período da banda de punk rock The Nosebleeds, e pelo guitarrista e compositor John Maher (que, posteriormente, alterou o seu nome para Johnny Marr para não ser confundindo com o baterista da banda Buzzcocks).
A banda assinou contrato com a Rough Trade Records, pela qual eles lançaram quatro álbuns, várias coletâneas e diversos singles. Embora alcançando pouco sucesso comercial fora do Reino Unido durante os seus anos de atividade, a banda conquistou grande sucesso nos anos decorrentes, mantendo-se nas prateleiras das lojas até os dias de hoje. A banda encerrou suas atividades em 1987, nunca vindo a se reunir novamente. NME nomeou The Smiths como "artistas mais influentes de sempre" em uma votação de 2002.
Após gravarem várias fitas demo com Simon Wolstencroft (que fez parte da banda The Fall) na bateria, Morrissey e Marr recrutaram o baterista Mike Joyce no outono de 1982, tendo este um histórico dentro do punk nas bandas The Hoax e Victim. Além de Joyce, também entrou para a banda o baixista Dale Hibbert, que trabalhava como engenheiro de gravação em um estúdio, o que possibilitava que a banda gravasse suas fitas demo. Porém, após um show, um amigo de Marr, Andy Rourke, assumiu o posto de baixista, pois, segundo Marr, nem a personalidade, nem a maneira de Hibbert tocar se encaixavam no estilo do grupo.
O nome da banda foi escolhido, em parte, como uma maneira de contrapor os nomes usados por bandas de synthpop como Orchestral Manoeuvres in the Dark e Spandau Ballet, pois para os músicos, tais nomes soavam pretensiosos demais. Em uma entrevista em 1984, Morrissey afirmou que escolheu o nome "The Smiths" "... porque dos nomes era o mais comum" e por pensar que "era o momento em que as pessoas comuns mostravam seus rostos.". Em tradução livre, o vocábulo "Smith" - um sobrenome muito comum na Inglaterra (comparável ao "Silva", no Brasil) - seria "ferreiro" ou "serralheiro".
Em maio de 1983, a banda lançou seu primeiro single "Hand in Glove", pelo selo Rough Trade Records. O trabalho, apesar de ter sido aclamado pelo conhecido e influente DJ da Rádio BBC John Peel (assim como aconteceria com todos os singles posteriores), não alcançou uma posição favorável no UK Singles Chart. A seguir, os singles "This Charming Man" e "What Difference Does It Make?" conseguiram melhores posições - 25 e 12, respectivamente.
Em fevereiro de 1984, o grupo lançou seu primeiro álbum, The Smiths. Este chegou à posição de número dois no UK Albums Chart e foi aclamado pela crítica. O disco foi motivo de alguma controvérsia por causa das músicas "Reel Around the Fountain" e "The Hand That Rocks the Cradle", com alguns tablóides britânicos alegando que elas evocavam elementos condescendentes à pedofilia, algo rejeitado e negado pelo grupo.
O álbum foi seguido, no mesmo ano, pelo lançamento dos singles "Heaven Knows I'm Miserable Now" e "William, It Was Really Nothing", que contou com o sucesso "How Soon Is Now?" no seu lado B. "Heaven Knows I'm Miserable Now" foi o primeiro single da banda a alcançar o TOP 10 da UK Charts. Também representa um momento significativo por marcar o início do relacionamento entre o produtor Stephen Street e a banda. Porém, uma música no lado B desse single provocou nova polêmica: "Suffer Little Children", que tinha como tema uma série de assassinatos de crianças e adolescentes cometidos pelo casal Ian Brady e Myra Hindley em Manchester nos anos 60. Isso causou um desentendimento depois que o avô de uma das crianças assassinadas ouviu a música e entendeu que a banda estava tentando comercializar os assassinatos. Após o encontro com Morrissey, ele aceitou que a canção era uma exposição sincera sobre o impacto do crime. Morrissey posteriormente estabeleceu uma amizade com Ann West, a mãe da vítima Lesley Ann Downey, cujo nome é citado na música.
O ano terminou com o lançamento da coletânea Hatful of Hollow, uma compilação de singles já lançados, B-sides e versões de músicas que foram gravadas ao longo do ano anterior para apresentações em programas de rádio de John Peel e David Jensen.
Após o fim do grupo, Morrissey começou a trabalhar em uma gravação a solo, em parceria com o produtor Stephen Street e seu companheiro de Manchester Vini Reilly, guitarrista do The Durutti Column. O álbum resultante, Viva Hate (uma referência ao fim dos Smiths), foi lançado em março de 1988, alcançando o número um nas paradas britânicas. Nos anos seguintes, Morrissey convidou vários cantores para os backing vocals de diversas músicas suas, como Suggs, vocalista do Madness, em "Picadilly Palare" e Chrissie Hynde, do The Pretenders, em "My Love Life". No início dos anos 90, ele conquistou uma nova popularidade nos Estados Unidos, após sua primeira turnê solo. Em 1994, um dueto entre Morrissey e Siouxsie chegou às lojas: "Interlude". Em 2006, ele fez uma parceria com Ennio Morricone na música "Dear God Please Help Me". Morrissey continua a tocar e gravar como artista solo.
Logo após sua saída dos Smiths, Johnny Marr aceitou o convite de Chrissie Hynde para tocar com os Pretenders, substituindo temporariamente Robbie McIntosh (que foi tocar com Paul McCartney) e acabou se apresentando no Brasil, nos shows do primeiro Hollywood Rock no Rio e em São Paulo. Ele retornou pra valer à cena musical em 1989 com Bernard Sumner, vocalista da banda britânica New Order e o Pet Shop Boy Neil Tennant no supergrupo Electronic. O Electronic lançou três álbuns durante a próxima década. Marr também foi membro do The The, gravando dois álbuns com a banda entre 1989 e 1993. Ele também trabalhou como músico e colaborador escrevendo para artistas como The Pretenders (banda com a qual se apresentou no Brasil em janeiro de 1988, por ocasião da primeira edição do festival Hollywood Rock), Bryan Ferry, Pet Shop Boys, Billy Bragg, Black Grape, Talking Heads, Crowded House e Beck. Em 2000, ele começou outra banda, Johnny Marr + The Healers, com a qual ele gravou apenas um álbum, Boomslang (2003), obtendo um pequeno sucesso. Mais tarde trabalhou como músico convidado no álbum do Oasis, Heathen Chemistry (2002).
Os Smiths influenciaram uma série de bandas de rock alternativo na carreira. Mesmo já em 1985, a "banda gerou uma onda de bandas imitador, incluindo James, que abriu para o grupo em sua turnê de primavera de 1985". The Cranberries combinado "o barulho melódico de pós-Smiths guitar pop-indie com as texturas alegres, transe induzido sonora de dream pop fim dos anos 80, a criação de seu som com "triplamente, guitarras e repique de reposição, certas melodias." Além disso, a banda utilizada como produtor Stephen Street, que era conhecido para "maximizar o mau humor dos Smiths". The Cranberries fundia este som com letras que ecoavam o apaixonado, o estilo literário de Morrissey. "livresco A cantora Smiths, ferozmente letras inteligentes também forneceu um modelo para o silêncio, a banda alfabetizados escocês. Belle & Sebastian "brincar Marr com a guitarra" era um bloco enorme edifício de lendas mais o Manchester que se seguiram The Smiths - The Stone Roses ", o guitarrista John Squire declarou que Marr foi uma grande influência. O guitarrista do Oasis, Noel Gallagher chamou The Smiths de uma influência, especialmente Marr. Gallagher afirmou que "quando a separação Jam, The Smiths começou, e eu fui totalmente para eles."