Soft Cell é uma dupla de synthpop britânica que teve sucesso no início da década de 1980, consistindo do vocalista Marc Almond e do instrumentalista Dave Ball. A dupla é conhecida principalmente por sua versão de 1981 da canção "Tainted Love" e do álbum de estreia de 1981 chamado Non-Stop Erotic Cabaret. As canções do grupo frequentemente enfocavam o amor e o romance, assim como o lado sombrio da vida, com assuntos tal como perversão, transexualidade, drogas e assassinatos.

Venderam 21 milhões de discos ao redor do mundo, além de treze músicas entre as mais tocadas do Reino Unido, cinco delas no Top dez. Conquistaram dois discos de ouro e um de platina. Em 1982, receberam um Brit Award pela canção "Tainted Love".

Eles se tornaram o protótipo de grupo de Synthpop. Eles surgiram na era New Romantic e New Wave, mas fizeram parte da chamada cena "futurista", ao lado de outros artistas semelhantes como Depeche Mode, OMD, Human League e Gary Numan. A natureza sombria da canção deles também fez o Soft Cell tornar-se popular na emergente cena musical gótica. Algumas de suas músicas já foram remixadas por outros compositores ilustres, como Trent Reznor da banda industrial Nine Inch Nails.

Numa altura em que assinalam em Londres uma definitiva despedida dos palcos com um concerto que possivelmente surgirá em disco ou DVD, os Soft Cell apresentam uma caixa que serve um vasto complemento ao que a sua discografia em álbum nos foi apresentando desde 1981.

Entre as bandas que, na passagem dos anos 70 para os 80, fizeram a primeira geração de criadores de canções pop dominadas por emergentes ferramentas eletrónicas os Soft Cell representaram um dos casos mais invulgares e cativantes. O sucesso inesperado que alcançaram com o single Tainted Love, em 1981, catapultou-os para um patamar de celebridade mainstream que eles mesmos tiveram dificuldade em assimilar, acabando mesmo por sabotar e desmontar o estatuto conquistado. Mas a sua obra levou-os mais longe do que apenas aos destinos do sucesso e reconhecimento popular. E nada como a caixa definitiva que agora surge como complemento a uma discografia oficial feita de quatro álbuns de estúdio, um disco ao vivo e um de remisturas, assinalando o que parece ter sido um ponto final com o concerto que há poucas semanas deram na O2 Arena, em Londres, e que se anunciava como a despedida (de facto) da dupla que juntou pela primeira vez Marc Almond e Dave Ball depois de um encontro ocasional quando ambos eram colegas universitários em Leeds, em finais dos anos 70.

Marc Almond crescera a escutar os heróis pop/rock da sua geração, com Bowie entre várias referências fulcrais. Dave Ball, que tinha um particular fascínio pela música para cinema – sobretudo o corpo de bandas sonoras de perfil épico da série James Bond – viveu aquela epifania que abre novos horizontes e aponta um futuro no momento em que, pela primeira vez, escutou Autobahn dos Kraftwerk. Juntos, na Leeds Politechnic, começaram a criar canções e a fazer performances. A princípio nem se imaginavam uma banda, já que, salvo os Suicide, não havia exemplos de duos para voz e eletrónicas… Mas entre performances (bem subversivas) e canções foram definindo um caminho que começou por se mostrar mais longe no EP de auto-edição Mutant Moments que, ao ser levado por um DJ e tocado em discotecas de Nova Iorque, lhes valeu um acordo “ou vai ou racha” com uma editora maior. O primeiro single, Memorabillia, passou longe das atenções. Mas o segundo, uma versão de um velho tema de Gloria Jones (Tainted Love), com uma outra versão, de uma canção das Supremes (Where Did Your Love Go) no lado B, levou-os inesperada e rapidamente a um patamar de sucesso global.

O álbum de estreia, Non Stop Erotic Cabaret (1981), assim como o disco-companheiro de remisturas Non Stop Ecstatic Dancing (1982) sublinharam uma orientação estética que deles fez um caso de referência entre a emergente pop eletrónica. Ao segundo álbum, The Art Of Falling Apart, mostraram não serem servos de um estatuto e, uma vez mais, desafiaram formas e temas apresentand um disco que, apesar de não repetir o sucesso do álbum de estreia, na verdade os levou artística e pessoalmente mais longe. Incomodados com o fardo do sucesso e as suas implicações no desenvolvimento das carreiras e vidas de ambos, resolveram sabotar o que tinham conquistado com This Last Night In Sodom, um terceiro álbum, desafiante e diferente, que sai já com a dupla separada. Levam anos a encontrar uma rota de aproximação, que na verdade se começa a desenhar em remisturas para singles de Marc Almond antes de desembocar numa primeira reunião da qual resulta o álbum de estúdio Cruetly Without Beauty (2002), uma digressão e um consequente disco ao vivo.

O álbum de estreia, Non Stop Erotic Cabaret (1981), assim como o disco-companheiro de remisturas Non Stop Ecstatic Dancing (1982) sublinharam uma orientação estética que deles fez um caso de referência entre a emergente pop eletrónica. Ao segundo álbum, The Art Of Falling Apart, mostraram não serem servos de um estatuto e, uma vez mais, desafiaram formas e temas apresentand um disco que, apesar de não repetir o sucesso do álbum de estreia, na verdade os levou artística e pessoalmente mais longe. Incomodados com o fardo do sucesso e as suas implicações no desenvolvimento das carreiras e vidas de ambos, resolveram sabotar o que tinham conquistado com This Last Night In Sodom, um terceiro álbum, desafiante e diferente, que sai já com a dupla separada. Levam anos a encontrar uma rota de aproximação, que na verdade se começa a desenhar em remisturas para singles de Marc Almond antes de desembocar numa primeira reunião da qual resulta o álbum de estúdio Cruetly Without Beauty (2002), uma digressão e um consequente disco ao vivo.

Curiosamente fica de fora o mais recente single Northern Lights que, na verdade, nada acrescenta à história que aqui se conta. Está, contudo, disponível na versão económica desta caixa, editada como The Singles: Keychains & Snowstorms.